terça-feira, 6 de abril de 2010

O Fluminense não tem ídolos. Tem Deuses!

O Flamengo de Zico, o Vasco de Dinamite, o Botafogo de Garrincha e até que enfim o Santos de Pelé. Fora outros clubes que tem seus nomes falados depois de meros mortais. Meus caros, isso não acontece com o Fluminense. Não há Fluminense de ninguém e nunca haverá. É Fluminense e basta, como diria Sidney Garambone!
Depois de ver o resto, os outros, os apenas grandes vangloriando fulano, galinho, mané, rei, o divino ou seja quem for, eu quando mais jovem, fui atrás do nome que tinha que vir atrelado antes do Fluminense. Não existe! Falem e pensem o que quiser, mas a riqueza e o gigantismo estão aí. O Fluminense não possui ídolos e não possui nomes maiores que a instituição. O Fluminense possui divindades, daquelas dignas de estarem na mitologia grega, que realizam até mais que doze trabalhos. Que possuem a força atlética maior que exércitos de centenas de homens juntos.
Começo me referindo a João Coelho Netto, que na mitologia tricolor é mais conhecido como Preguinho. O Deus do esporte. Nome humilde, no diminutivo para o gigante e maior vencedor do esporte brasileiro.
Filho de Coelho Netto, sendo esse um maranhense de Caxias. Escritor, poeta, politico e tudo mais que um nobre tricolor pode ser, que foi também um dos fundadores da academia de letras brasileira, a qual ocupou a segunda cadeira. O homem também ofereceu seu genes ao maior atleta brasileiro do século XX. Recentemente um dos programas esportivos mais populares da nação resolveu recordar e dar um espaço de mais de 10 minutos, para mostrar os feitos do mito tricolor.
Preguinho conquistou mais de 300 medalhas, sendo a esmagadora maioria de ouro e mais de 50 títulos para o Fluminense em nada mais que dez modalidades desportivas. Eu posso chamar um ser desses de ídolo? Realmente, não tem como. Não temos ídolos. Ídolos ganham seis, oito, dez, doze, quinze campeonatos e olhe lá... Isso em uma modalidade. Sem querer desrespeitar os outros, os quais tem seus grandes nomes no esporte, por serem grandes clubes, mas a verdade é que cada um tem atletas do tamanho que merecem ter. Grandes clubes, idolatram grandes atletas. Clubes gigantes ou melhor, clube gigante é representando por gigantes. Deuses, dão as glórias, riquezas e os metais sem pedirem nada em troca. Preguinho nunca aceitou salários do Fluminense. Nada desse club, tudo por esse club. No populismo, essa frase faz parte do rival, mas na pratica... Enfim, vou deixar vocês com o video, da longa e merecida reportagem sobre esse verdadeiro Deus, que abençoou a seleção brasileira com a sua estrela, pois abriu a porteira em copas do mundo:
(Reportagem do Esporte Espetacular, sobre Preguinho)


O segundo nome divino aqui citado, é um goleiro. Não, ele não batia falta, pois não era chegado nesse modismo. Goleiro tem que impedir, tem que fechar e destruir a intenção do adversario. E esse titan da baliza parou grandes nomes, deuses e todo tipo de colosso que podia existir na época, se tornando a maior lenda que o Brasil já teve de baixo das traves. Carlos José Castilho.
São Marcos é santo, porque homens comuns precisam ser canonizados. Deuses não precisam de tal idolatria. Idolatria essa, que Rogerio Ceni tem porque supostamente ganhou tudo pelo seu club. Ele parou Gerrard e o Liverpool, ele foi tri campeão brasileiro, jogou centenas de vezes por seu club. "Outros tem goleiro, mas nós temos Rogerio Ceni", gosta de dizer o são paulino.
Daqui da terra, essa frase causa efeito e pode despertar inveja aos outros, mas do alto do monte Olimpo, essa sentença é comica.
Vamos aos fatos mitológicos:
Campeonato Mundial de 1952 e então o tricolor se via diante daquele fantasma enorme, aquele bicho papão, aquela quimera que era o Peñarol: Maspoli, Schiaffino, Ghiggia, Obdulio Varela e cia, tinham ganho a Copa pro Uruguai dois anos antes, todos com papeis fundamentais. Mas o Fluminense em seu cinquentenario, carimbou três gols no maior clube do mundo da época e o Deus da baliza não sofreu nenhum. Castilho parou os "queridos" responsáveis pelo "maracanazo" e garantiu a arrancada tricolor ao topo do mundo.
A saga continua, o tempo passou e o futebol desafiou o Deus das traves, com mais... Com muito mais. Dessa vez o rei e um tal de mané, já tinham a garantia de todos, que decidiriam quem venceria o Rio-São Paulo de 1960. Torneio que era disparado o mais importante da época. Todos tinham craques, grandes jogadores, mas do alto do Olimpo o Deus das balizas resolveu interceder. Seja rei ou mané, aqui não passa nada. Assim foi feito como em 1957, no mesmo torneio. Fluminense campeão invicto! Não tinha Santos de Pelé, nem Botafogo de mané! Copas do Mundo? Ganhou duas! Foi reserva em ambas? Quase isso... Apenas do alto da sua magnitude, escolheu um mortal para agraciar.
Vejam esse trecho vindo de um escritor chamado Paulo Cezar Filho, sobre tal historia:
"Porém, quando perguntado sobre o segredo de se manter em boa forma, o titular Gilmar dizia: 'Castilho é meu reserva. Não posso respirar!'. Acredite, Castilho: por trás de cada intervenção de Gilmar, havia as suas mãos. Você é tão responsável pelo bicampeonato quanto ele."
Eu podia encerrar aqui, mas a divindade não provém dessas glórias. Parar o Pelé, o Garrincha ou o time base campeão do mundo e melhor das americas foi o menor dos feitos. Copa do Mundo? Quando se é um Deus, ter o mundo é consequencia. Castilho teve essa honra jogando com a camisa tricolor e com a amarelinha! Há historias que dizem que uns se crucificam para salvar a todos, outros fazem jejum e por aí vai, mas:
Certa vez, Castilho se lesionou pela quinta vez, no dedo mindinho da mão esquerda. Isso o faria perder algumas partidas e uma possível final. Sua lealdade e amor ao club tricolor, o fez tomar a decisão mais heróica e até mesmo drástica: Ele mandou amputar o dedo lesionado. Sim, cortar o dedo fora!
O que é um dedo, ou qualquer parte do corpo, pra quem tem o espírito de um Deus e joga numa instituição divina? Há desígnios a cumprir amigos e os Deuses sabem a hora de fazer a coisa acontecer. O dedo se foi e as glorias vieram!


Depois que eu falei de Pelé, Garrincha e de outros campeões do mundo barrados pela leiteria divina, eu não preciso voltar a falar daqueles mortais, citados no começo né? Pra que? Vou ser obrigado a me perguntar: Liverpool? Gerrard? Quem é Gerrard, é de comer?

("Suar a camisa, derramar lágrimas e dar o sangue pelo Fluminense, muitos fizeram. Sacrificar um pedaço do próprio corpo por amor ao tricolor, somente um: CASTILHO. ")

Ao lerem essa frase, você torcedor de qualquer club, me informe se algum mortal jogador do seu club já chegou, ao menos perto disso?
Não né?
Conclusão: O Fluminense não tem ídolos, tem DEUSES. Laranjeiras poderia ser chamada de "O Monte Olimpo" do esporte!

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