sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Malandro é malandro, mané é mané.

Brasileiro, povo malandro, que tem a malícia da vida e estilo para viver. Quem acredita nisso? Se acredita, porque diabos acredita? Quem é considerado elite, tem a oportunidade de conhecer outras culturas e sociedades e questionaria isso. Quem não é considerado elite, que vive amargando trabalhos duros (ou nem isso), poucos recursos e estrutura, também poderia se questionar.
Eu afirmo, somos otários. Somos consumidores nada exigentes e que se contenta com quase nada, para não dizer nada.
Se existisse uma olímpiada dos otarios, com varias modalidades de como ser feito de trouxa, aí sim, teriamos dezenas de narradores aos berros: É OURO, É OURO, É OURO!
Comecemos pelos tributos:
http://www.portaltributario.com.br/tributos.htm
Eu achando que brasileiro adorava pagar duas vezes. Pagava uma aos orgão publicos e por não ter as necessidades supridas, paga-se também para as entidades privadas. Porém se eu não tiver enganado, há alguns casos, os quais pagamos três vezes:
31- Contribuições de Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de esgoto, etc. 42- IPVA.
E há locais que se paga pedagio (Privado).
Eu achava que pagavamos IPVA, justamente para termos acesso as vias publicas e com qualidade, conservação. Aí me deparo com esse imposto nº31, na lista. O IPVA já não seria o suficiente para a maquina pública construir e manter, asfalto, calçada, entre outras estruturas necessárias para trafegarmos com um veiculo automotivo? Mesmo com dois impostos destinado a esse serviço, ele continua sendo mal prestado. Há ruas esburacadas, poucas pistas (O que acarreta congestionamentos), pouca sinalização e ainda não temos locais decentes para se estacionar. Sem falar nos flanelinhas, sendo que alguns ainda carregam um colete dito da prefeitura e caso você não compre o talão, você pode ter seu carro rebocado.
Se eu estiver errado em questionar isso, que alguém me esclareça, por favor.
Pagamos três vezes, quando passamos por exemplo na linha amarela, no Rio de Janeiro. É isso mesmo? Pagamos os dois impostos citados e mais o pedágio, que por sinal é bem pesado ao bolso.
Fora os casos, que pagamos duas vezes em outros serviços como escola, planos de saúdes, estacionamento de shoppings, estacionamento de hospitais... Sendo que esses dois últimos até podem ser propriedades particulares, mas me arrisco a dizer, que são bens privados com caracteristicas de bens públicos. Esse estacionamento pago, seja para qualquer estabelecimento com tais caracteristicas, na minha opinião, deveria ser revisto.
Esses dias, assisti uma entrevista com o jornalista Andrew Jennings, que dedicou grande parte de sua vida, a investigar a corrupção no esporte. O mesmo dizia que o povo brasileiro, que tanto paga e nada recebe, deveria se unir e recusar a essas tarifas todas, enquanto o dinheiro não fosse aplicado de forma decente. O povo deveria empurrar seu governo contra a parede e exigir que primeiro se resolvessem os problemas primários, que o estado possui para então especular se é possível construir estádios milionários para a Copa do Mundo. A falta de estrutura nas cidades, a falta de saúde pública decente, a falta de educação pública decente, saneamento e tudo mais, tudo isso deveria ser revisto. Brilhante a proposta do jornalista inglês, que sabe do poder que o povo tem e vive em um país, que está anos luz a nossa frente.
Confesso, eu confesso que quando o tal jornalista bretão propôs isso, eu cai em gargalhada. Mal sabe ele, que o povo não tem a mínima ideia dos seus direitos e deveres.
Uma vez, eu e um amigo, que também já morou fora, vislumbramos a mesma coisa tempos atrás. Queriamos iniciar uma campanha: "Não pague o IPVA do seu carro e use esse dinheiro para tapar o buraco da sua rua."
No Brasil, jamais daria certo. Ele questionou: "O que foi? O estado ia apreender o carro de uma população inteira? De 10.000 pessoas?"
Eu falei que não, pois não teríamos nem vinte pessoas aderindo isso. E quem aderisse, seria um numero tão inexpressiva, que seria fácil ter seu carro levado, apreendido.
O problema, é que o brasileiro não confia em sua sociedade (E tem motivos para isso) e a sociedade, não confia no seu cidadão. Se minha memoria não me trai, certa vez o saudoso Paulo Francis, disse que o comunismo nunca daria certo no Brasil, porque para esse sistema ser implantado, era necessário uma luta, uma revolução armada. E isso é impossível no Brasil, pois no primeiro tiro pro alto, todo mundo correria, não sobraria um. Foi uma analise coerente do jornalista. A parte desconfia do todo e o todo desconfia da parte. Ambos com razão.
E outra, voltando a falar da suposta campanha, não duvido de "malandro" da vida, aderir a campanha e gastar o dinheiro em outra coisa. Ou seja, sonegar por sonegar. E não seria essa a proposta.
Isso mostra, como brasileiro não pensa a longo prazo. Prefere se safar de um probleminha hoje, deixando um problemão para amanha. Assim como as politicas sociais atuais, que na minha opinião são exatamente isso. Além de que, creio que essas bolsas dadas, são compras de voto com dinheiro publico, de modo parcelado, durante quatro anos. Populismo puro. E o malandro povo achando que é beneficio e que tudo ficará bem pro resto da vida.
Eu poderia muito bem continuar destrinchando a tal lista dos 85 impostos, que alimentam as mansões de alguns e congelam a desgraça de varios, mas já passei a mensagem que queria e tenho medo do COI (Comitê dos Otarios Internacional) censurar meu blog, pois nossos atletas de colarinho branco, que têm como esporte nos fazer de otários, podem perder as suas medalhas e conquistas. Afinal vários otários possuem fotos, posteres entre outras coisas, de políticos campeões em falcatruas e populismo. Assim se faz uma nação, um estado, um país campeão!
É campeão, é ouro, é ouro!
A musica abaixo cita algumas modalidades, as quais somos campeões:
Gabriel o pensador - Brazuca:

domingo, 1 de agosto de 2010

O antagonismo de "ser" humano

Não sei como organizar alguns pensamentos, que tenho aqui, não sei por onde começar, até porque sou ser humano e o ser humano é o antagonismo do universo.
As vezes fico olhando alguns indivíduos em nossa sociedade, que passam grande parte dos seus tempos interessados em tudo, menos em si mesmo. Falo isso, porque vejo pessoas idolatrando a outras, alimentando fanatismo por idiotices de forma cega, sem saber o que lhe preenche de verdade, por não saber qual é o seu vazio.
Vejo revistas de celebridades, fãs nervosos por encontrar com seu admirado ídolo. A pessoa sabe tudo sobre a vida da celebridade, mas não sabe muito da sua.
Isso não me incomoda, cada um faz o que quer da vida e depois colhe o que plantou, mas eu me pergunto, porque comigo não é assim?
Porque eu não tremo na base, quando estou diante de alguém, digamos, célebre? Porque eu não acho ninguém de outro mundo, a ponto de olha-lo de baixo?
Desde cedo, confesso que sempre achei o ser humano uma raça medíocre e nunca me impressionei com nada feito por essa estirpe de ser vivo. Há pessoas geniais, de grande alma, intelecto e muito talento, mas quando olho pra magnitude do universo e pra realidade humana, vejo que isso não é nem o grão de poeira do nosso terraço cósmico. Ao analisar as coisas por esse ponto de vista, outra pergunta que eu me faço é: Porque diabos, o ser humano se acha tanto? A melhor definição sobre meu ponto de vista é um trecho da música de Raul Seixas, "Ouro de Tolo", que diz:

"É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal…

E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social…"















Eu acho inadmissível alguém falar que o corpo humano é uma maquina perfeita ou que temos livre-arbítrio para fazer o que quisermos. Saibam vocês, somos criaturas totalmente limitadas, que possuímos apenas cinco sentidos. Isso é muito pouco, como alguém pode achar que tem a percepção do universo de forma plena e que é algo nessa imensidão, somente com cinco sentidos? Você que se acha completo e maquina perfeita de um criador, lembre-se que você não possui sensor eletrico, que capta impulsos eletricos de outros seres vivos, como os tubarões tem. Saiba que você não possui uma bússola magnética como as lagostas, nem sonar como os morcegos, entre muitos outros sentidos, os quais deixariam a percepção do mundo muito mais apurada. Você é perecível, você não pode sobreviver em qualquer lugar da galáxia, você tem uma forma e não pode muda-la, logo não é de fácil adaptação. Em resumo, você é limitadíssimo.
Como você diz que possui livre-arbítrio? Você é livre para fazer o que quiser e para perceber o universo da maneira que quiser? Você não pode detectar centenas de coisas, que estão em sua volta agora mesmo. Você consegue identificar com seus cinco sentidos, somente quatro dimensões, sendo que o universo pode ter mais de dez. E você achando que podia fazer tudo, hein? Primeiro, você, nem eu temos ideia do que é tudo. Não temos ideia de quantos por centos da nossa plenitude, nós atingimos. É capaz de no futuro descobrirem, que não fazemos e nem conhecemos 0,0000000001% das atividades possíveis de se realizar mundos a fora, pois nem sabemos, quantos mundos existem.
E você achando que livre-arbítrio, era poder fazer sexo antes do casamento, hein? Você acha mesmo que o "tudo" pode ser feito nesse mundinho? Nesse grão de areia cósmico?
Se há um criador, ele tem muito para me mostrar, porque nesse papo de livre-arbítrio eu não caio. Eu só tenho acesso ao planeta terra e possuo apenas cinco sentidos, é muito pouco. Afirmo sem medo de errar que o mundo e os sentidos, os quais tenho acesso não são nem 000000000000000000000000,1% de tudo que é possível nessa existência. Somos uma raça muito primitiva dentro das possibilidades ilimitadas do cosmos.
Possibilidades ilimitadas, essa é a expressão, a qual me leva para a minha segunda indagação e aí sim, me leva admirar a raça humana. Como a raça humana é mesquinha e grandiosa ao mesmo tempo? Vejam vocês, nessas linhas anteriores mostrei tudo o que não somos e tudo o que não temos e nem conhecemos, mas uma coisa eu vos digo: Batam no peito e digam, "Eu tenho cérebro."
Amigos, se eu subestimei tantas coisas a nosso respeito, existe uma coisa que eu vou super estimar: O Cérebro!















O cérebro humano, umas das maiores preciosidades do universo, com certeza. E eu vos digo: Nós temos!
Claro, eu sei que temos muito o que desenvolver nesse instrumento precioso, não usamos nem 10%, como dito no trecho da música postada, mas o importante é saber que ele pode ser a maior ferramenta já existente no cosmos, se a gente o levar a sério.
O cérebro é um universo próprio e falo sem hipérbole, sem exageros ou super valorização. Você possui um universo próprio e não dá valor a isso.
Albert Einstein certa vez disse que o universo é finito, porém ilimitado. Muitos questionaram tal afirmação, pois diziam não conhecer nada finito, porém ilimitado. Olhem para a sua cabeça, ela é finita, vai de uma orelha a outra e da testa até a nuca, perfeito? Nesse espaço finito, encontra-se seu cérebro, que é ilimitado, certo? Você já viu alguém esgotar o cérebro a ponto de não poder mais pensar nem vislumbrar nada? Não né? Posso pensar para sempre, que eu nunca chegarei a um limite, perfeito? Ou seja, temos possibilidades ilimitadas, bem acima do nosso olho. Temos o nosso próprio universo, o qual pode influenciar todo o resto do cosmos.
Enfim amigos, escrevi essas reflexões, essas indagações pessoais e tudo mais, não para desmerecer ou exaltar o ser humano, mas sim para por o homo sapiens no seu devido lugar. Nosso dever no universo não é ser vaidoso, é pensar. Não é ficar idolatrando quem tem estatus sociais, mas sim desenvolvermos a nós mesmo, nos valorizando e expandido nossos universos particulares.
No fundo, acho a terra um lugar pequeno, com uma sociedade que não representa nada na inteligência do cosmos.
Porque se importar com o Óscar, com o Nobel ou com a Copa do Mundo? São títulos criados por seres humanos, que não entendem de nada, apesar de possuírem capacidade ilimitada. E assim viveremos nesse antagonismo, de termos tudo, mas não sermos nada.

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