quinta-feira, 10 de março de 2011

Sem estrutura e reflexão não há cidadania

Somos cidadãos capengas por conta da péssima estrutura do nosso país ou nosso país tem péssima estrutura por conta de sermos cidadãos capengas? A pergunta surgiu por conta da dificuldade do brasileiro de exercer a sua cidadania de forma plena. Não é algo meu, mas de várias pessoas que não entendem porque não conseguem seguir as regras, as leis e a conduta adequada para um perfeito convívio social e manutenção do nosso patrimônio e do bem comum.
Particularmente, me pergunto porque nos Estados Unidos, quando lá morava, eu era um cidadão exemplar? Cidadão que dormia e acordava bem, seguindo os horários, seguindo as regras, tanto familiares quanto do estado, de forma impecável e honrando a todo compromisso, o qual propus arcar, com muita eficiência.
Não sei se consigo explicar, mas lá as coisas funcionam. O ônibus estará no horário certo e aí a previsão de chegada será obedecida, por não haver engarrafamento ou coisas do tipo. As estradas são ótimas, comportando a todos os carros e bem sinalizadas. No colégio, quando fui tirar documentos que eu precisava, tudo foi rápido e não demorou mais de um dia. Os horários de almoço (ainda no colégio), eram todos obedecidos e as excursões então, que eram várias, também tinham seus funcionamentos com tudo sob controle.
Não digo que a América é perfeita, mas lá as coisas parecem funcionar e te ajudar a fazer o que é correto, do ponto de vista social. Em resumo, eles te dão a estrutura e você devolve com cidadania, mantendo tudo em ordem e andando.
Eu não vejo o brasileiro como um baderneiro, que urina na rua, porque quer. Que fura o sinal ou para em cima da faixa por gostar de transgredir. Vejo o brasileiro, como uma camarada sem instrução e que não teve estrutura o suficiente para entender como um cidadão deve se portar em espaço público. E aquele que teve instrução e sabe como se portar em vias públicas, vira vítima da falta de estrutura, que o estado o impõe.
No carnaval carioca, tivemos centenas de pessoas detidas por urinarem nas ruas da cidade. A pergunta que surge: Há tantas pessoas que agem de má fé no espaço público ou a falta de banheiros químicos é o principal fator? Qual a qualidade desse banheiro químico?
Não estou no Rio e não posso apurar realmente se a estrutura destinada aos foliões é boa ou ruim, mas baseado pelo que sempre vejo, dos governantes brasileiros, já creio na falha por parte do serviço público. 



Nesse vídeo acima, mostro o caos que está o trânsito de São Luis, capital do Maranhão, cidade a qual moro e nasci. Notem que no vídeo, eu, Lucas Muniz Hadade, autor desse texto, é um transgressor da lei. Engatei a marcha ré e entrei com o carro em uma contramão, onde outros carros se acumulam aguardando o retorno. Sinceramente amigos, tenho total noção da manobra irregular que fiz, porém estava sendo vítima da falta de estrutura das vias de São Luis. Nesse mesmo video, outros fizeram manobras irregulares, fecharam cruzamento, pararam em cima da faixa de pedestre (essa apagada)... Enfim, um show de violações. Como culpar o cidadão? Se não tivéssemos tomado tais atitudes, estaríamos como? Digo ainda, que o fato de muitos terem "saído pela tangente", de forma irregular, foi o que desafogou o trânsito naquele momento.
Sem falar no cotidiano, que temos que lidar com buracos, carroças, bicicletas, pessoas a pé, todos esses dividindo as ruas e avenidas com carros e ônibus. O camarada que anda de bicicleta não tem uma via especifica para o seu meio de transporte, o carroceiro sofre do mesmo problema. Já quem está a pé, em muitos trechos, nem de calçadas pode desfrutar.
Complicado, além de ser a formula perfeita para acidentes. E com acidentes, mais trânsito lento. Que ciclo...
Somente pagar imposto é o suficiente? O saudoso Paulo Francis dizia que no Brasil não existe imposto mas sim doações, até porque não temos retorno por parte do poder público.
No fundo a nossa capenguisse é alimentada por aqueles que estão no poder, até porque aqueles que estão no poder, são gente da gente. Quando afirmamos a incompetência do políticos, afirmamos também a nossa incompetência. Os políticos não chegaram aqui do espaço, de outro mundo ou algo assim... Se não confiamos neles, não confiaremos na gente. Eles seguem a cultura administrativa, que nós brasileiro seguimos.
Onde quero chegar? Na reflexão. O brasileiro precisa começar a pensar em pequenas soluções, em pequenos gestos. Se temos noção que somos cidadãos capengas e que não podemos depender do poder público para várias coisas, que tal se tivéssemos mais cooperação? Pequenos gestos e ideias podem proporcionar resultados grandes. As vezes, protestar, não é necessário com um milhão de pessoas ou com toda a população de uma cidade, mas com poucas e atuantes. Pode-se criar campanhas e estimular hábitos. Uma campanha do tipo: "Não pague o IPVA do seu carro e use esse dinheiro para tapar o buraco da sua rua." Seria um gesto que no mínimo chamaria atenção.
Eles iam fazer a apreensão de 20.000 carros? O que são 20.000 pessoas para a cidade de São Luis, que possui mais de 1 milhão de habitantes?
De fato isso é apenas um exemplo, mas há diversas ideias e um número mínimo de pessoas que são instruídas e dispostas para por as ideias em prática. Reflitamos!
 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O que o Egito e seu povo ensinaram.

Diante dos relatos da união e vigor da brava gente egípcia, os quais reuniram mais de 7 milhões nas ruas para protestar e tirar o ditador local Hosni Mubarak do poder, pude exercitar minha jovem mente.
Desses relatos, me interessei pelos dados (números, estatísticas), pelos fatos (acontecimentos curiosos e culturais) e os resultados (esses ainda não conclusivos).
A comparação com a sociedade brasileira ficou inevitável, óbvio, aqui vivo e daqui reclamo.
Por algum motivo o povo brasileiro é averso a protestos, é passivo quanto ao seu direito e acredita que se unir e comprar uma briga é perda de tempo.

Bom, o que é necessário para se protestar? Organização, número, uma causa e claro, boa vontade.
Acredito que os brasileiros possam se organizar (exemplo disso, são as mãos que ajudam aqueles que passaram por uma tragédia), acredito que temos números, temos uma população enorme e muito insatisfeita, logo com uma causa. Mas porque falta boa vontade?
Pode-se pensar, é desconfortável estar num protesto. É cansativo. É perigoso, corre-se riscos, seja de ser preso, seja de vida, seja de perder o emprego ou o que for...
Maaasssss e ser passivo, também não implica em desconforto?
É confortável andar em ruas, calçadas sem estrutura? É confortável ser atendido em hospitais e postos de saúde públicos? É confortável ver seu filho sem rumo, estudando em uma sala de aula quente? O transporte público ineficiente? Tudo isso te cansa, não? Você está exposto a isso todos os dias do ano e não pode tirar uma semana da sua vida, para lutar por melhores condições? Pra isso falta pique?
E retrucam de novo com o argumento do risco. Pode-se morrer? Sim. Um protesto colossal, normalmente gera vítimas fatais? Sim. E prisões? Também.
Maaasssss e ser passivo, também não é arriscado e não faz vítimas?
Já temos mais de 100 mortos no Egito. Mais de cem pessoas pagaram com a vida, as tentativas de tornar o Egito um país mais justo e melhor habitável. Na região serrana do estado do Rio de Janeiro, mais de 800 brasileiros pagaram com a vida a nossa passividade e silêncio diante das mazelas do Brasil. Creio que esse exemplo seja o suficiente.
Um país que não tem tempo para protestar, não terá tempo para crescer. Questionar, cobrar e ser assertivo sobre os seus direitos garante melhores condições para você trabalhador, por a mão na massa e subir na vida com mais velocidade.
Falo um trabalhador de qualquer área. No Egito, por exemplo, vários policiais largaram suas corporações e fardas, para aderir ao mega protesto. O policial também é um cidadão. Sabe que o bem da sociedade é o seu bem, porque o povo é o estado. Um policial nunca deveria destratar manifestantes que estão protestando em paz, até porque o tal ato também é por eles, que como dito antes, são cidadãos e possuem familiares e amigos que, precisam e compõem o estado.
A maior mensagem que os egípcios me passaram foi essa, de pensar no macro. Não tenha medo de morrer nas mãos daqueles que lutam por sua (nossa) causa. Tenha medo de morrer ,sim, pela passividade daqueles que ficaram calados, como nas tragédias que ocorrem todos os anos no Brasil.
Muitos já se sacrificaram pela grandeza deste país, mas hoje nosso povo, não os honram. Eu tento e tentarei sempre, mas nesse momento, sozinho.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A descrença do brasileiro

O Brasil mais uma vez abriu o ano com uma tragédia de grandes proporções, que chocou o inicio de ano da nação. A tragédia na serra fluminense mostra a falta de estrutura e planejamento em importantes cidades de grandes estados brasileiros.
Sempre ficarão as perguntas: Até quando? Quando as autoridades tomarão providências de fato? Questiona-se a Copa do Mundo, as Olimpíadas... Porém uma coisa que me assustou esses dias diante do noticiário, foi o fato das pessoas que sobreviveram a catástrofe, muitas delas, não quererem de modo algum abandonar suas casas condenadas. Isso assusta por diversos motivos, entre eles: A inversão de valores, como arriscar a vida por um pedaço de terra, por um teto. Eu me pergunto: Esses são os cidadãos? As pessoas não conseguem visualizar as consequencias desastrosas que são iminente. Não se trata nem de pensar a curto, médio ou longo prazo. Elas precisam pagar pra ver, mais uma vez? Todo esse caos já não foi suficiente para elas dizerem basta? Se você perdeu tudo, o que lhe resta? Eu sei que o lhe resta: PROTESTAR, COBRAR DAS AUTORIDADES Acampe em prédios públicos.



Por falar em autoridades, esse é o segundo ponto da minha reflexão: A relação entre população e autoridades. As pessoas não deixam suas áreas de risco nem mesmo com o pedido das autoridades. Isso mostra a falta de credibilidade, a total falta de fé das pessoas, para com os representantes do estado. A sofrida gente deve pensar: "Nunca fizeram nada por mim, não será agora. Porque abandonarei aquilo que construi com tanto sacrifício? Se eu abandonar é capaz de ficar por isso mesmo e eu não ter mais onde morar. Vale o risco!". Peguem outros países como exemplo e vejam a confiança do povo nas instituições públicas. As pessoas obedecem de bico calado as instruções passadas.
Isso é triste. As pessoas não acreditam nas soluções, não acreditam naqueles que as representam. Que sociedade é essa? Que democracia é essa?
E você pensando que nunca antes na historia desse país, a popularidade dos governantes e suas soluções mirabolantes estavam agradando e dando esperança a todos.
Essas chuvas foram um tapa na cara daqueles, que acreditam que um país cresce somente com programas sociais, os quais não edificam cidadãos, mas apenas dá sobrevida as suas desgraças e sua estagnação. Não é assim que se constroi um país. Inclusive, várias regiões que viveram esse drama no passado, estão esquecidas pelo poder público até hoje.
A pergunta fica: Qual será a próxima localidade a passar por isso?

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Porque chorar?

O quão engraçado é a fé. ( Fé é a coragem de acreditar (sem qualquer desconfiança),em algo que nos foi prometido e ainda não vemos, masque esperamos, baseados na Fidelidade da Palavra que nos foi dada.)
Tão falada e muito pouco praticada. Porque então se enganar?
Acho engraçado as pessoas, que deixam de viver o agora, esta vida (atual) para ficar impondo restrições a si e aos outros em nome da fé, por conta de uma vida deslumbrante no pós morte. A vida após a morte, ela existe? Se sim, ela é da forma que você acredita? Sua fé será recompensada? Sem pensar a maioria responderia "SIM!". Claro, é mais cômodo não pensar e apenas acreditar. Mas... Se a vida após a morte é tão maravilhosa ao lado do criador, se o paraiso é o local dos sonhos de todo grande homem merecedor, porque então choramos a morte? Não se passou a vida inteira esperando por isso? Deixou-se de viver esta vida, para apenas existirmos aqui, nesta vida atual, para que então todas as promessas sejam cumpridas e a tão sonhonada recompensa seja nos dada. Não seria essa a hora derradeira da alegria eterna? Porque então desabamos em melancolia? Porque então caimos na fria aflição? Porque a preocupação com o risco de morte? Quanto mais cedo você pegar o bonde para fora deste mundo, não estaria o mais cedo diante das maravilhas divinas?
A resposta é: Não sabemos. Finge-se, sabota-se e engana-se porque temos um dever com a sociedade e para com o proximo, de anestesiar a dura realidade do "NÃO SEI!" Somos seres sem respostas, que precisamos ouvir coisas boas para nos sentirmos melhores. Para que pesquisar, vamos inventar logo algo que seja glorioso.
Seria demais se pudessemos viver plenamente esta vida e a vida pós morte? Porque não é possivel ser mundando e divino ao mesmo tempo? Caso tenhamos que escolher por uma das vidas, qual seria a escolha mais prudente? Escolheriamos esta aqui ou pagariamos para ver, esperando coisa melhor na vida pós morte? Já imaginou se enganar no pós morte? Você viveu as leis que achava ser da divindade certa e se deparou com outras formas e conceitos. E agora?
Não faltam promessas, elas estão em milhares de livros, ditos, sagrados. Há dezenas de leis, há dezenas de mandamentos e varios pedaços do espelho e dezenas de legisladores divinos. 
Qual é o certo? Há o certo? Cada um que guarde seu etnocentrismo para si.
Enfim, choramos porque nossa fé não é o bastante, porque não há certeza, perde-se a vida e o viver, por medo e não por fé.
Se você é protegido e sabe que vai para um lugar melhor, porque então lhe falta coragem? Isso aqui não seria apenas uma passagem?
Não existe motivo para a fé, mas sim para o temor. Existimos mais para temer a morte, do que para vivermos a vida.

domingo, 3 de outubro de 2010

O filho e os orfãos.

Há pessoas que misturam as coisas. Após a vitoria de Roseana Sarney ao governo do estado do Maranhão, alguns vieram tirar sarro, como se politica fosse futebol. Não amigos, não troquem as bolas, eu não sou ligado a ninguem da oposição. Não tenho rabo preso com ninguem do grupo sarney e muito menos com as pessoas contra o grupo sarney. Sou livre!
O detalhe é que o futebol, pode e deve ser guiado pelo doce desatino da paixão. Agora eu fico preocupado, quando as pessoas misturam as coisas e defendem pessoas e interesses indefensaveis de modo cego e tentando vender gato por lebre a população.
Uma coisa que nunca fiz foi isso. Sempre declarei meu voto, mas nunca vendi gato por lebre. Sempre soube das limitações politicas e economicas do Maranhão e até descobri que o estado está enterrado num marasmo, além do que eu esperava e isso impossibilita um bom governo de qualquer candidato, seja esse quem for.
Pergunto novamente, porque a chacota? Amanha eu comerei, estudarei, serei saneado, continuarei tendo acesso a uma saúde de qualidade, continuarei evoluindo a minha mente, espiritualide e relações pessoais com varias pessoas, sejam elas de quais grupos forem, pois tenho amigos em ambos os lados. Mas não misturem as coisas, pois eu não misturei. Quem perdeu não foi o Fluminense, foi o Maranhão. Como disse anteriormente, terei acesso a todas as necessidades basicas, que um ser humano merece. Eu só devo idolatria a minha familia e ao meu pai. Ele foi quem cumpriu a sua missão comigo. Hoje tenho condições de me desenvolver grandiosamente e honestamente. Não devo nada ao Maranhão, nem ao Rio de Janeiro e muito menos ao Brasil. Devo sim a minha familia e ao meu pai, que sempre me deu a liberdade de pensamento e que por gratidão a minha familia e ao meu pai, sempre tentei usar a tal liberdade de pensamento, visando o bem comum, visando a todos. Podem eleger Roseana, Dino, Jackson, Dilma, Hitler, Eva Perron, Bush ou quem for, que eu volto a dizer: Amanha terei acesso a tudo que um ser humano digno pode ter. Eu faço a minha parte, tenho noção disso e me sinto legitimado para cobrar, agora eu falo uma coisa pra vocês que votam pensando em interesses proprios, não importando o grupo: Quando saírem de férias e forem visitar o Rio de Janeiro, Natal, João Pessoa, Belém ou qualquer outra cidade ou estado, POR FAVOR, não reclamem do atraso existente em terras maranhenses. Vocês não possuem moral para isso, vocês trocaram isso por interesses proprios. Quando você for alvo de piadas Brasil a fora, não fiquem indignados, pensem o seguinte: "Eu escolhi isso e é assim que a minha vida vai bem." Todo mundo tem direito a votar livremente, mas saibam por na balança suas escolhas.
Claro que deve ser dito, que o cargo de governador é apenas mais um e que dar ou tirar, o tal cargo de um grupo ou de outro, não destroi o que levou decadas para ser construído. Uma oligarquia não vive somente de cargos executivos. É preciso eliminar pessoas corruptas também no legislativo, no judiciario, nos setores privados. Não há somente o problema de eleger um mal governador, há também as redes de juízes, de empresarios, de deputados, senadores, policiais federais, as quais precisam ser identificadas e quebradas, para que então possa se exclamar: "Temos um estado LIVRE!". O sistema é forte, mas o primeiro passo era mudar o governo estadual e lamento dizer, o primeiro passo não foi dado. 
Voltando a enfatizar, esse que vos fala amanha terá uma vida digna graças a sua familia e ao seu pai, porém este que vos fala sempre será revoltado pelo fato dos outros não terem as mesmas oportunidades e dignidade que ele. O pai desse que vos fala, nunca negou um livro pedido por ele. O pai desse que vos fala, nunca negou uma viagem, nunca negou o sonho de fazer intercambio e esse que vos fala, só tem a agradecer ao seu pai. Apesar de todo o carinho do meu pai e familia, me sinto um bastardo, porém, um filho bastardo do Maranhão. O Maranhão vem negando os seus filhos. E só me resta agradecer mais uma vez ao meu pai, o biologico e a minha familia, a biologica. Já alguns devem favores e gratidão ao seu "pai", que não o biologico e a sua "familia", que não a biologica, mas sim a politica.
Boa Noite.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Malandro é malandro, mané é mané.

Brasileiro, povo malandro, que tem a malícia da vida e estilo para viver. Quem acredita nisso? Se acredita, porque diabos acredita? Quem é considerado elite, tem a oportunidade de conhecer outras culturas e sociedades e questionaria isso. Quem não é considerado elite, que vive amargando trabalhos duros (ou nem isso), poucos recursos e estrutura, também poderia se questionar.
Eu afirmo, somos otários. Somos consumidores nada exigentes e que se contenta com quase nada, para não dizer nada.
Se existisse uma olímpiada dos otarios, com varias modalidades de como ser feito de trouxa, aí sim, teriamos dezenas de narradores aos berros: É OURO, É OURO, É OURO!
Comecemos pelos tributos:
http://www.portaltributario.com.br/tributos.htm
Eu achando que brasileiro adorava pagar duas vezes. Pagava uma aos orgão publicos e por não ter as necessidades supridas, paga-se também para as entidades privadas. Porém se eu não tiver enganado, há alguns casos, os quais pagamos três vezes:
31- Contribuições de Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de esgoto, etc. 42- IPVA.
E há locais que se paga pedagio (Privado).
Eu achava que pagavamos IPVA, justamente para termos acesso as vias publicas e com qualidade, conservação. Aí me deparo com esse imposto nº31, na lista. O IPVA já não seria o suficiente para a maquina pública construir e manter, asfalto, calçada, entre outras estruturas necessárias para trafegarmos com um veiculo automotivo? Mesmo com dois impostos destinado a esse serviço, ele continua sendo mal prestado. Há ruas esburacadas, poucas pistas (O que acarreta congestionamentos), pouca sinalização e ainda não temos locais decentes para se estacionar. Sem falar nos flanelinhas, sendo que alguns ainda carregam um colete dito da prefeitura e caso você não compre o talão, você pode ter seu carro rebocado.
Se eu estiver errado em questionar isso, que alguém me esclareça, por favor.
Pagamos três vezes, quando passamos por exemplo na linha amarela, no Rio de Janeiro. É isso mesmo? Pagamos os dois impostos citados e mais o pedágio, que por sinal é bem pesado ao bolso.
Fora os casos, que pagamos duas vezes em outros serviços como escola, planos de saúdes, estacionamento de shoppings, estacionamento de hospitais... Sendo que esses dois últimos até podem ser propriedades particulares, mas me arrisco a dizer, que são bens privados com caracteristicas de bens públicos. Esse estacionamento pago, seja para qualquer estabelecimento com tais caracteristicas, na minha opinião, deveria ser revisto.
Esses dias, assisti uma entrevista com o jornalista Andrew Jennings, que dedicou grande parte de sua vida, a investigar a corrupção no esporte. O mesmo dizia que o povo brasileiro, que tanto paga e nada recebe, deveria se unir e recusar a essas tarifas todas, enquanto o dinheiro não fosse aplicado de forma decente. O povo deveria empurrar seu governo contra a parede e exigir que primeiro se resolvessem os problemas primários, que o estado possui para então especular se é possível construir estádios milionários para a Copa do Mundo. A falta de estrutura nas cidades, a falta de saúde pública decente, a falta de educação pública decente, saneamento e tudo mais, tudo isso deveria ser revisto. Brilhante a proposta do jornalista inglês, que sabe do poder que o povo tem e vive em um país, que está anos luz a nossa frente.
Confesso, eu confesso que quando o tal jornalista bretão propôs isso, eu cai em gargalhada. Mal sabe ele, que o povo não tem a mínima ideia dos seus direitos e deveres.
Uma vez, eu e um amigo, que também já morou fora, vislumbramos a mesma coisa tempos atrás. Queriamos iniciar uma campanha: "Não pague o IPVA do seu carro e use esse dinheiro para tapar o buraco da sua rua."
No Brasil, jamais daria certo. Ele questionou: "O que foi? O estado ia apreender o carro de uma população inteira? De 10.000 pessoas?"
Eu falei que não, pois não teríamos nem vinte pessoas aderindo isso. E quem aderisse, seria um numero tão inexpressiva, que seria fácil ter seu carro levado, apreendido.
O problema, é que o brasileiro não confia em sua sociedade (E tem motivos para isso) e a sociedade, não confia no seu cidadão. Se minha memoria não me trai, certa vez o saudoso Paulo Francis, disse que o comunismo nunca daria certo no Brasil, porque para esse sistema ser implantado, era necessário uma luta, uma revolução armada. E isso é impossível no Brasil, pois no primeiro tiro pro alto, todo mundo correria, não sobraria um. Foi uma analise coerente do jornalista. A parte desconfia do todo e o todo desconfia da parte. Ambos com razão.
E outra, voltando a falar da suposta campanha, não duvido de "malandro" da vida, aderir a campanha e gastar o dinheiro em outra coisa. Ou seja, sonegar por sonegar. E não seria essa a proposta.
Isso mostra, como brasileiro não pensa a longo prazo. Prefere se safar de um probleminha hoje, deixando um problemão para amanha. Assim como as politicas sociais atuais, que na minha opinião são exatamente isso. Além de que, creio que essas bolsas dadas, são compras de voto com dinheiro publico, de modo parcelado, durante quatro anos. Populismo puro. E o malandro povo achando que é beneficio e que tudo ficará bem pro resto da vida.
Eu poderia muito bem continuar destrinchando a tal lista dos 85 impostos, que alimentam as mansões de alguns e congelam a desgraça de varios, mas já passei a mensagem que queria e tenho medo do COI (Comitê dos Otarios Internacional) censurar meu blog, pois nossos atletas de colarinho branco, que têm como esporte nos fazer de otários, podem perder as suas medalhas e conquistas. Afinal vários otários possuem fotos, posteres entre outras coisas, de políticos campeões em falcatruas e populismo. Assim se faz uma nação, um estado, um país campeão!
É campeão, é ouro, é ouro!
A musica abaixo cita algumas modalidades, as quais somos campeões:
Gabriel o pensador - Brazuca:

domingo, 1 de agosto de 2010

O antagonismo de "ser" humano

Não sei como organizar alguns pensamentos, que tenho aqui, não sei por onde começar, até porque sou ser humano e o ser humano é o antagonismo do universo.
As vezes fico olhando alguns indivíduos em nossa sociedade, que passam grande parte dos seus tempos interessados em tudo, menos em si mesmo. Falo isso, porque vejo pessoas idolatrando a outras, alimentando fanatismo por idiotices de forma cega, sem saber o que lhe preenche de verdade, por não saber qual é o seu vazio.
Vejo revistas de celebridades, fãs nervosos por encontrar com seu admirado ídolo. A pessoa sabe tudo sobre a vida da celebridade, mas não sabe muito da sua.
Isso não me incomoda, cada um faz o que quer da vida e depois colhe o que plantou, mas eu me pergunto, porque comigo não é assim?
Porque eu não tremo na base, quando estou diante de alguém, digamos, célebre? Porque eu não acho ninguém de outro mundo, a ponto de olha-lo de baixo?
Desde cedo, confesso que sempre achei o ser humano uma raça medíocre e nunca me impressionei com nada feito por essa estirpe de ser vivo. Há pessoas geniais, de grande alma, intelecto e muito talento, mas quando olho pra magnitude do universo e pra realidade humana, vejo que isso não é nem o grão de poeira do nosso terraço cósmico. Ao analisar as coisas por esse ponto de vista, outra pergunta que eu me faço é: Porque diabos, o ser humano se acha tanto? A melhor definição sobre meu ponto de vista é um trecho da música de Raul Seixas, "Ouro de Tolo", que diz:

"É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal…

E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social…"















Eu acho inadmissível alguém falar que o corpo humano é uma maquina perfeita ou que temos livre-arbítrio para fazer o que quisermos. Saibam vocês, somos criaturas totalmente limitadas, que possuímos apenas cinco sentidos. Isso é muito pouco, como alguém pode achar que tem a percepção do universo de forma plena e que é algo nessa imensidão, somente com cinco sentidos? Você que se acha completo e maquina perfeita de um criador, lembre-se que você não possui sensor eletrico, que capta impulsos eletricos de outros seres vivos, como os tubarões tem. Saiba que você não possui uma bússola magnética como as lagostas, nem sonar como os morcegos, entre muitos outros sentidos, os quais deixariam a percepção do mundo muito mais apurada. Você é perecível, você não pode sobreviver em qualquer lugar da galáxia, você tem uma forma e não pode muda-la, logo não é de fácil adaptação. Em resumo, você é limitadíssimo.
Como você diz que possui livre-arbítrio? Você é livre para fazer o que quiser e para perceber o universo da maneira que quiser? Você não pode detectar centenas de coisas, que estão em sua volta agora mesmo. Você consegue identificar com seus cinco sentidos, somente quatro dimensões, sendo que o universo pode ter mais de dez. E você achando que podia fazer tudo, hein? Primeiro, você, nem eu temos ideia do que é tudo. Não temos ideia de quantos por centos da nossa plenitude, nós atingimos. É capaz de no futuro descobrirem, que não fazemos e nem conhecemos 0,0000000001% das atividades possíveis de se realizar mundos a fora, pois nem sabemos, quantos mundos existem.
E você achando que livre-arbítrio, era poder fazer sexo antes do casamento, hein? Você acha mesmo que o "tudo" pode ser feito nesse mundinho? Nesse grão de areia cósmico?
Se há um criador, ele tem muito para me mostrar, porque nesse papo de livre-arbítrio eu não caio. Eu só tenho acesso ao planeta terra e possuo apenas cinco sentidos, é muito pouco. Afirmo sem medo de errar que o mundo e os sentidos, os quais tenho acesso não são nem 000000000000000000000000,1% de tudo que é possível nessa existência. Somos uma raça muito primitiva dentro das possibilidades ilimitadas do cosmos.
Possibilidades ilimitadas, essa é a expressão, a qual me leva para a minha segunda indagação e aí sim, me leva admirar a raça humana. Como a raça humana é mesquinha e grandiosa ao mesmo tempo? Vejam vocês, nessas linhas anteriores mostrei tudo o que não somos e tudo o que não temos e nem conhecemos, mas uma coisa eu vos digo: Batam no peito e digam, "Eu tenho cérebro."
Amigos, se eu subestimei tantas coisas a nosso respeito, existe uma coisa que eu vou super estimar: O Cérebro!















O cérebro humano, umas das maiores preciosidades do universo, com certeza. E eu vos digo: Nós temos!
Claro, eu sei que temos muito o que desenvolver nesse instrumento precioso, não usamos nem 10%, como dito no trecho da música postada, mas o importante é saber que ele pode ser a maior ferramenta já existente no cosmos, se a gente o levar a sério.
O cérebro é um universo próprio e falo sem hipérbole, sem exageros ou super valorização. Você possui um universo próprio e não dá valor a isso.
Albert Einstein certa vez disse que o universo é finito, porém ilimitado. Muitos questionaram tal afirmação, pois diziam não conhecer nada finito, porém ilimitado. Olhem para a sua cabeça, ela é finita, vai de uma orelha a outra e da testa até a nuca, perfeito? Nesse espaço finito, encontra-se seu cérebro, que é ilimitado, certo? Você já viu alguém esgotar o cérebro a ponto de não poder mais pensar nem vislumbrar nada? Não né? Posso pensar para sempre, que eu nunca chegarei a um limite, perfeito? Ou seja, temos possibilidades ilimitadas, bem acima do nosso olho. Temos o nosso próprio universo, o qual pode influenciar todo o resto do cosmos.
Enfim amigos, escrevi essas reflexões, essas indagações pessoais e tudo mais, não para desmerecer ou exaltar o ser humano, mas sim para por o homo sapiens no seu devido lugar. Nosso dever no universo não é ser vaidoso, é pensar. Não é ficar idolatrando quem tem estatus sociais, mas sim desenvolvermos a nós mesmo, nos valorizando e expandido nossos universos particulares.
No fundo, acho a terra um lugar pequeno, com uma sociedade que não representa nada na inteligência do cosmos.
Porque se importar com o Óscar, com o Nobel ou com a Copa do Mundo? São títulos criados por seres humanos, que não entendem de nada, apesar de possuírem capacidade ilimitada. E assim viveremos nesse antagonismo, de termos tudo, mas não sermos nada.

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Alguem que expoe pensamentos, que as vezes precisam ser arquivados. Blog dedicado a isso.